Tradução dos dizeres da camiseta: "Parem de matar cristãos no Egito"
A última das ações deste porte teve lugar na Nigéria neste mês e só foi relatada pela Folha Online, em matéria intitulada, "Ataque de muçulmanos a cristãos deixa 500 mortos na Nigéria", onde relata-se:
"Em apenas três horas, ao menos 500 pessoas, entre elas muitas mulheres e crianças, foram mortas e queimadas, segundo testemunhas, que descrevem cenas de horror e violência. Mais de 500 pessoas foram mortas neste ato abominável perpetrado por pastores fulanis", disse Dan Majang, responsável pela comunicação do Estado de Plateau, citado pela agência de notícias France Presse.
Majang disse ainda que "95 pessoas foram detidas depois do ataque".
Mais abaixo, a matéria transmite um dado chocante:
"Os conflitos envolvendo cristãos e muçulmanos na Nigéria deixaram mais de 12 mil mortos desde 1999, quando foi implantada a sharia (lei islâmica) em 12 Estados do norte do país".
Na Indonésia, o ataque foi feito às instituições cristãs: entre os anos de 2004 a 2007, mais de 110 igrejas foram destruídas ou fechadas e a população cristã foi colocada em cerco.
Indonésia 2002: Turba de mulçumanos ataca grupo de cristãos em plena luz do dia
Num artigo no jornal iraquiano Al-Zaman, publicado simultaneamente em Londres e Bagdá, cuja linha editorial é independente e liberal desde a década de 1940, o colunista Majid Aziza dá destaque à situação da população árabe cristã no mundo muçulmano. A seguir, alguns trechos do artigo:
"Os cristãos nascidos em países árabes estão fugindo das suas regiões de origem. Hoje em dia, essa informação é divulgada em todo o mundo e é cem por cento verdadeira. As estatísticas mostram que um grande número de cristãos árabes está emigrando para lugares menos perigosos para eles e seus filhos, como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Europa. Os motivos são, por um lado, a perseguição que os órgãos governamentais movem contra eles e, por outro lado, os grupos extremistas..."
Os cristãos têm vivido há séculos nas regiões conhecidas atualmente como países árabes, juntamente com outros grupos religiosos e, principalmente, com os muçulmanos que participaram com eles das aflições da vida. Mas os cristãos perderam o apoio de seus concidadãos islâmicos por muitas razões, inclusive pelo extremismo religioso entre alguns muçulmanos, pelo aumento da população [islâmica] por motivos religiosos, pelos atos de discriminação, coerção e expulsões individuais e coletivas de cristãos e pelas pressões que os cristãos vinham sofrendo até mesmo quando estavam servindo a seus países. Há muitos exemplos disso na Palestina, no Iraque, no Sudão, no Líbano, no Egito e em outras nações.
Aproximadamente 4 milhões de cristãos libaneses emigraram de seu país em conseqüência das pressões impostas pelos [muçulmanos]. Mais ou menos meio milhão de cristãos iraquianos deixaram seu país pelos mesmos motivos... Hoje a situação está ficando pior por causa da discriminação por parte dos extremistas muçulmanos salafitas. Na Palestina, os cristãos estão quase extintos em conseqüência do controle que os extremistas muçulmanos têm sobre a questão palestina e da marginalização dos cristãos, sem mencionar o impacto negativo da intifada [revolta dos palestinos contra Israel] – que é dirigida pelas organizações islâmicas – sobre os cristãos da Palestina. Com relação aos cristãos coptas do Egito, o que o governo e os muçulmanos fizeram e estão fazendo com eles daria para encher páginas e páginas de livros e jornais, explicando os atos de coerção, discriminação e perseguição. O que está acontecendo também com os cristãos na Argélia, Mauritânia, Somália e outros países é um problema que ocuparia espaço demais para ser explicado.
Essa situação ocorre igualmente nos países muçulmanos não-árabes. Em nações islâmicas como o Paquistão, a Indonésia e a Nigéria, os cristãos também sofrem perseguição. No Paquistão, os líderes muçulmanos decretaram uma fatwa [decisão religiosa] permitindo a matança de dois cristãos para cada muçulmano morto pelos ataques americanos no Afeganistão, como se os americanos representassem o Cristianismo no mundo. Em outros países os cristãos vivem com medo, sob a sombra de ameaças, e enfrentam uma crescente série de agressões toda vez que os Estados Unidos e seus aliados executam uma operação militar contra qualquer país [muçulmano].
Os cristãos têm medo do que lhes poderia acontecer nesses países. A situação é muito grave e requer atenção urgente. É difícil imaginarmos qualquer outro tempo em que os cristãos enfrentaram maior perigo do que atualmente nesses países..." (extraído de www.memri.org)
Andrea Rizzi, em sua matéria no El País, diário de Madrid, de 14 de março de 2010 relata a inquietante preocupação com os ataques de muçulmanos contra cristãos que estão em aumento vertiginoso nos países árabes. Alguns trechos da matéria:
"Na última quarta-feira, um bando de cerca de dez atiradores irrompeu no meio da manhã nos escritórios da ONG cristã de ajuda humanitária World Vision em Mansehra, um distrito ao norte de Islamabad, e abriu fogo contra os funcionários que estavam ali. Seis deles morreram, outros sete ficaram feridos. O acontecimento é o episódio mais recente de uma série de atos de violência e perseguição contra cristãos que começaram há alguns meses com uma frequência inquietante em vários lugares do mundo.
No fim de semana passado, o governo marroquino expulsou 26 cristãos do país, a maioria evangélicos, acusados de proselitismo. Ao mesmo tempo, na Nigéria, centenas de cristãos morreram a golpes de pistola e facadas pelas mãos de muçulmanos na explosão mais recente da violência étnico-religiosa crônica que afeta o centro do país africano. Na região de Mosul, no Iraque, pelo menos oito cristãos foram assassinados em diferentes ataques em fevereiro. E quase não restam famílias cristãs em Mosul: todas fugiram. No Egito, oito cristãos coptos morreram a tiros ao sair da missa num domingo de janeiro. Fora do mundo muçulmano, na Índia, também acontecem episódios de violência contra os cristãos. A lista poderia continuar.
Em alguns casos, a perseguição é governamental, em outros, a violência é exercida pelos vizinhos. Com frequência, esses dois fatores estão relacionados. Wu destaca que em muitos casos a aplicação cada vez mais rígida de leis contra a blasfêmia e a falta de proteção às minorias acaba desencadeando uma espiral perversa.
No Ocidente, onde o cristianismo e suas instituições são vistos com frequência como parte integrante do sistema de poder, a ideia de minorias cristãs perseguidas pode parecer surpreendente e distante, associada a tempos passados. Entretanto, dos mais de 2 bilhões de fieis que vários estudos atribuem ao cristianismo, pelo menos várias dezenas de milhões – numa estimativa prudente – vivem em situação de opressão ou com severas limitações.
Um recente estudo da ONG cristã Open Doors situava o número ao redor de 100 milhões, a maior parte em países de maioria islâmica. A ONG, entretanto, atribuiu a posição de país mais hostil ao cristianismo à Coreia do Norte, onde acredita-se que milhares de cristãos estejam presos em campos de trabalho forçado".
CRISTÃOS PALESTINOS SÃO PERSEGUIDOS
Cristãos palestinos, sejam eles ex-muçulmanos ou não, são sistematicamente oprimidos pela Autoridade Palestina. Cadê os defensores dos direitos humanos? Cadê a mídia imparcial?
Os cristãos palestinos estão sofrendo abusos dos direitos humanos, inclusive confisco de terra, estupro e assassinato nas mãos da população muçulmana, que é muito maior, mas eles não abrem a boca para falar e a Autoridade Palestina não lhes oferece nenhum recurso ou proteção, disse um advogado de direitos humanos e escritor.
Na Margem Ocidental e na Faixa de Gaza, tanto muçulmanos quanto cristãos palestinos contam aos visitantes que não há nenhum atrito entre eles — que eles vivem como cidadãos iguais sob o governo da Autoridade Palestina.
Mas Justus Reid Weiner, autor do livro recentemente publicado “Human Rights of Christians in Palestinian Society” (Direitos Humanos dos Cristãos na Sociedade Palestina) disse que isso simplesmente não é verdade.
A perseguição religiosa é um problema em toda a sociedade palestina e é um problema sentido de diferentes maneiras, Weiner disse. “Algumas pessoas são acusadas de colaborar com Israel. Algumas pessoas são acusadas de ofensas morais. Algumas pessoas são acusadas de tentar propagar o Cristianismo através da distribuição de Bíblias”.
Weiner, um advogado judeu que trabalha com questões de direitos humanos, disse que um pastor evangélico o incentivou a investigar os abusos de direitos humanos de muçulmanos que se converteram ao Cristianismo. Mais tarde, ele também estudou os cristãos que vivem sob governo da Autoridade Palestina.
“Comecei quando um amigo meu que é pastor evangélico leigo perguntou se eu já havia pesquisado ou escrito sobre as vítimas cristãs que estavam sofrendo abusos de direitos humanos vivendo sob a A.P. (Autoridade Palestina)” Weiner contou ao Serviço Noticioso Cybercast. “E embora eu tenha experiência de 25 anos trabalhando como advogado de direitos humanos, eu não sabia nada”.
Seu livro é dedicado a Ahmad El-Ashwal, um muçulmano palestino que se converteu ao Cristianismo e foi assassinado por causa de sua fé.
El-Ashwal, pai de oito filhos que viviam no campo de refugiados de Askar perto da cidade de Nablus, na Margem Ocidental, foi preso e torturado nas prisões da A.P. (Autoridade Palestina) por se converter ao Cristianismo, disse Weiner.
“Ele foi levado à prisão por dois meses e eles o questionaram muito sobre suas convicções cristãs. Eles pediram que ele revelasse os nomes de outros cristãos que ele conhecia e lhe prometeram que se ele voltasse para o islamismo, eles lhe dariam um emprego bom, com salário elevado e um escritório só dele”, disse ele.
El-Ashwal foi surrado; seu carro sofreu um ataque à bomba; e ele foi forçado a fechar seu próspero local de venda de falafel quando o proprietário não quis renovar o aluguel dele por causa de sua fé cristã. Ele dirigiu uma igreja secreta em sua casa no campo de refugiados e quando ele não quis voltar ao islamismo, homens mascarados bateram à sua porta em janeiro de 2004 e lhe atiraram na cabeça.
“Nunca houve investigação alguma. Até tentei descobrir uma notícia de jornal dizendo que alguém havia levado tiro e sido morto — mas não havia notícia alguma”, contou Weiner. Sua família não quer se encontrar com nenhum estrangeiro mais, acrescentou ele.
A constituição da A.P. (Autoridade Palestina) que precisa ainda ser ratificada, é baseada na Sharia, a rígida lei religiosa islâmica, declarou Weiner. (A Sharia rebaixa os que não são muçulmanos a uma condição inferior e também proíbe conversões do islamismo a qualquer outra religião.)
O islamismo vê uma conversão como “rua de mão única”, observou Weiner. “Você é mais que bem-vindo para se converter para o islamismo, mas quem tiver o atrevimento de pensar em se converter do islamismo para alguma outra religião merece a pena de morte”.
Se a A.P. (Autoridade Palestina) for governada por uma constituição baseada na lei islâmica, há pouca esperança de que a constituição protegerá um muçulmano que se tornar cristão, declarou ele.
OS CRISTÃOS TAMBÉM SOFREM
Mas não é só os muçulmanos que se convertem ao Cristianismo que sofrem. Weiner observou que os países do mundo não dão atenção aos abusos contra a pequena população cristã (menos que dois por cento da população total da Margem Ocidental e da Faixa de Gaza).
“A realidade da vida do dia-a-dia dos cristãos palestinos que vivem sob o governo da A.P. (Autoridade Palestina) sujeitos aos caprichos de uma maioria muçulmana, continua a ser em grande parte ignorada pelas organizações, governos, os meios de comunicação e o público internacional”, escreveu Weiner em seu livro.
“Não só a população palestina cristã está sofrendo ameaça à sua própria existência, mas o que mais chama a atenção é que sua condição como minoria perseguida é ignorada, já que a atenção internacional está toda no terrorismo e nos planos de paz iniciais, em vez das presentes necessidades de direitos humanos”, declarou ele.
O livro de Weiner é o cume de oitos anos de pesquisa e entrevistas com convertidos e cristãos nas áreas da A.P. (Autoridade Palestina). Ele também publicou muitos artigos em várias revistas de direito e direitos humanos.
“A maioria das vítimas tem medo de falar, medo de dar entrevistas, medo até de se encontrar comigo”, comentou Weiner.
“Tive de reassegurar-lhes na maioria dos casos de que eu não ia publicar minhas descobertas aqui em Israel, de que tudo ia ser publicado em revistas acadêmicas no outro lado do oceano… que têm pequena circulação”, observou Weiner.
“Além disso, eu estava disposto a mudar os nomes, as cidades de residência e a ocupação das pessoas que eram entrevistadas, e apesar dessas afirmações reiteradas havia algumas pessoas que ainda não queriam conversar”, declarou ele. “Basicamente, há um grande problema de medo de ameaças”.
Recentemente, uma mulher muçulmana foi assassinada por sua família, porque alegaram que ela estava tendo um caso com seu patrão cristão. A família muçulmana foi então atacar enlouquecidamente a vila cristã de Taibeh, queimando lojas e obrigando os cristãos a fugir em busca de segurança, disse ele.
O SILÊNCIO DOS LÍDERES CRISTÃOS
Para piorar o problema, os líderes cristãos — há muito tempo amedrontados com as ameaças de Yasser Arafat, que era presidente da A.P. (Autoridade Palestina) e agora amedrontados com a atual liderança da A.P.(Autoridade Palestina) — não abrem a boca em favor de suas comunidades, observou ele.
Weiner disse que no começo ele ficou perplexo com o silêncio dos líderes cristãos para com o tratamento cruel que seus membros estavam sofrendo.
“Penso no Cristianismo como uma das maiores religiões mundiais envolvendo bilhões de seguidores… e muitos deles são ricos e cultos. Líderes poderosos de muitos países professam uma identidade cristã e certamente eles vêm de uma tradição cristã”, disse ele.
A Autoridade Palestina tem de tal modo intimidado os líderes cristãos que eles cooperam com a causa nacionalista palestina, declarou Weiner.
“Eles obedeciam toda vez que Arafat estalava os dedos para vestir roupas cristãs e dar garantia pessoal do fato de que os cristãos e os muçulmanos eram palestinos acima de tudo, e que todos eles estavam comprometidos com o nacionalismo palestino como sua prioridade máxima”, comentou ele.
Os cristãos, pois, viam seus líderes como homens que haviam se vendido, acrescentou ele.
Pelo fato de que havia muito poucos cristãos, em comparação ao número de muçulmanos, “os líderes da A.P. (Autoridade Palestina) tendem a fechar os olhos quando o Hamas ou a Jihad Islâmica atira, esfaqueia, bate, intimida, rouba ou estupra os cristãos”, ele declarou.
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